A NR-1 foi atualizada em agosto de 2024 e trouxe mudanças importantes, especialmente a inclusão obrigatória dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso significa que fatores como estresse, assédio e sobrecarga de trabalho, agora precisam ser documentados, avaliados e controlados pelas empresas.
Os riscos psicossociais envolvem aspectos da organização do trabalho, das relações laborais e do ambiente organizacional. O foco da NR 1 é o ambiente de trabalho, portanto utilizar escalas clínicas, como a PHQ-9, GAD – 7, dentre outras, muda o foco da análise do ambiente laboral para a pessoa. Essas escalas foram desenvolvidas para acompanhamento terapêutico e não para analisar o risco que o ambiente laboral possa oferecer à saúde dos trabalhadores.
O mapeamento de riscos psicossociais deve se focar nos fatores que podem afetar o ambiente de trabalho. As estratégias mais recomendadas são:
Grupos focais e entrevistas com colaboradores,
Observações estruturadas e regulares do ambiente de trabalho,
Aplicação de instrumentos padronizados e validados, como por exemplo o COPSOQ (Questionário de Copenhagen de Avaliação Psicossocial).
Entretanto, isso não significa que as escalas individuais não devam ser empregadas. Elas são muito úteis dentro de um contexto de cuidado pessoal, ou na implantação de programas de saúde mental personalizados, com todos os cuidados e encaminhamentos necessários.
Para que sua empresa se adapte às mudanças da NR-1 de forma eficaz, algumas melhores práticas que podem podem ser seguidas:
Mapeamento dos riscos psicossociais: Identifique fatores como sobrecarga de trabalho, estresse, assédio, conflitos de papéis, falta de apoio e outros fatores que possam impactar a saúde mental dos colaboradores.
Revisão do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR): Atualize o plano de ação para incluir medidas preventivas e corretivas relacionadas aos riscos psicossociais.
Capacitação de lideranças: Treine gestores para reconhecer e mitigar riscos psicossociais, promovendo um ambiente de trabalho saudável.
Participação ativa dos trabalhadores: Envolva os funcionários na identificação e gestão dos riscos, garantindo um processo mais transparente e eficaz.
Integração entre áreas: Recursos Humanos, Segurança do Trabalho e lideranças devem trabalhar juntos para implementar as mudanças de forma estruturada.
Uso de tecnologia: Plataformas que usam Inteligência Artificial, análise de linguagem e princípios da Neurociência têm permitido uma análise preditiva e contínua do ambiente organizacional. Ferramentas digitais podem ajudar na documentação e monitoramento dos riscos ocupacionais, assegurando a conformidade com a norma.
Essas práticas ajudam a garantir que sua empresa esteja preparada para as novas exigências. Gostou do artigo? Comente e compartilhe. Se quiser mais detalhes sobre cada uma dessas estratégias, posso te ajudar!
